Existe um mundo.
Este mundo é desenvolvido. De forma rápida e extraordinária.
Mas, ao mesmo tempo que o mundo se desenvolve, outras coisas se perdem.
Fala-se da poluição, do aquecimento global, do consumo de
energia, fala-se dos problemas causados pelo desenvolvimento.
Tudo parece custar uma parte do mundo.
Também o homem, que habita o mundo, se desenvolve e evolui.
Se tudo o que é desenvolvido custa uma parte do mundo, então
tudo contém uma pequena parte de destruição. Tudo. Desde os objectos que
facilitam mobilidade, aos objectos que salvam vidas. Todos são responsáveis por
uma pequena parte da destruição.
Assim, o homem assume isto: destruição.
Esta não é mais uma consequência. Quando já tudo foi
construído, resta construir a destruição.
Um objecto de destruição.
Tudo o que fora construído é destruído por esse objecto.
A lógica impõe a questão:
Qual é a função da destruição, quando já nada resta?
Para que a vida torne a ter sentido, os homens tornam a
construir.
Fazem-no sobre a única coisa que resta, o objecto que tudo
destruiu.
Mas tudo o que é construído parece custar uma parte do
objecto. Porque tudo o que é desenvolvido contém uma pequena parte de
destruição.
Assim, o objecto padece do seu próprio princípio.
A lógica tornará a impor a mesma questão.
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