quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cidade Obediente IV

Ela passou a ir a pé, para o trabalho.
Chegava atrasada e era ameaçada.
Mesmo assim, saía à hora do almoço, apenas para andar.
À tarde, chegava atrasada.
Depois de mais ameaças, regressava a casa, a pé.
Não encontrava o marido.
Deitava-se e sorria sozinha.
Dormia.

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