sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cidade Estagnada I


A mulher fazia sempre um pequeno percurso até à paragem. Percorria apressada junto a um muro amarelo. Ela gostava do muro amarelo.
O seu quotidiano era a sua casa.

Pintaram o muro para anunciar uma greve. Deixou de ser amarelo.
Nesse dia a mulher parou junto ao muro. Há algo no poder de parar.
Parar muda. Apenas a insignificância.

Sem comentários: